“Se você quer saber como foi seu passado, olhe para quem você é hoje. Se quer saber como vai ser seu futuro, olhe para o que está fazendo hoje” (Provérbio chinês).

domingo, 27 de dezembro de 2009

Dinheiro, Este Mal Necessário



É grande a importância do dinheiro na vida do ser humano. Na hora que nasce o dinheiro já passa a fazer parte de seu dia-a-dia, pois logo aparece às primeiras necessidades, que são roupas e comida. Para isso, os pais terão que ter dinheiro para comprar e este será conseguido com trabalho. É assim que funciona o sistema. A intenção do presente artigo é fazer uma reflexão sobre o poder que o dinheiro exerce na vida das pessoas. Tem casos em que o dinheiro é uma verdadeira maldição. Alguns até pensam que com ele tudo compra. Sabemos que o dinheiro move o mundo, mas não é tudo. Pode comprar opinião, mas não idéias; prazer, mas não amor; remédio, mas não saúde; casa, mas não lar; relacionamentos, mas não amizades; informação e conhecimento, mas não sabedoria e inteligência; sossego e segurança, mas não felicidade e paz. Quantas pessoas nesse mundo que são ricas, mas são insatisfeitas e infelizes. Vivemos em um mundo conduzido por um sistema capitalista selvagem, onde impera o salvem-se quem puder. Onde as pessoas estão cada vez mais individualistas e egoístas. Onde a esperteza campeia. Muitos só pensam em tirar proveito e vantagens de tudo e de todos, sempre visando o lucro e o melhor para si. Na maioria das vezes as coisas são feitas tendo o interesse acima de tudo. Quando isto não acontece é difícil o beneficiado acreditar, pois sempre pensa que está sendo enganado. Infelizmente o dinheiro está à frente de tudo. As tevês não param de estimular o consumo, fazendo com que desperte o desejo no cidadão, transformando-o em um consumidor voraz, que impulsionado pela imitação, vaidade e a preocupação em uma vida de aparências, algo que para muitos o mais importante é o ter do que o ser, se sujeitando a adquirirem o que não podem, se endividando e terminando por passar por grandes aperreios. Muitos vivem num círculo vicioso de iguais, ao fazerem tudo que o sistema diz, seguindo cegamente seus ditames sem nunca questionar. O medo da maioria de sair do conforto, de quebrar paradigmas e de perder o status que conquistaram, faz com que se submetam as necessidades criadas pelo sistema, que praticamente funcionam como verdades que regem suas vidas, fazendo-os escravos do “vil metal”. É uma questão de libertação desse mal necessário que é o dinheiro, passando, a saber, usá-lo com parcimônia e sensatez. Assim aos poucos a pessoa irá descobrindo que para se viver feliz, não é preciso ter tanto. Nada como chegar a um Shopping, e passar por diversas  vitrines de lojas e constatar que não se precisa de nada daquilo. Procurando viver com o que se tem, dentro de suas posses, sem ser conformista, nem acomodado, mas não se submetendo as convenções impostas, nem as verdades estabelecidas pelo sistema, certamente a pessoa se libertará do jugo do dinheiro.

Armando Maynard

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