O quintal ficou triste, o portão do canil agora fica sempre aberto, já não tenho mais meu amigo lá dentro. Sua rotina logo cedo, era o banho de sol com suas patas pra cima encostadas na parede, depois voltava para sua casinha e dormia toda a manhã. Se defecasse, latia para que eu fosse apanhar as fezes. A tarde, às 16 horas em ponto, começava a andar de um lado para o outro, era a hora da comida e de ser solto para ficar a passear pelo quintal até o dia seguinte, sempre atento e vigilante. Mas nos últimos meses, tudo isso foi mudando, com a idade avançada, já não tinha firmeza nas pernas e sua esperteza era quase nenhuma. Nestes últimos dias, já não se levantava mais e eu o alimentava dando na boca. Tudo foi ficando cada dia mais difícil, até que em consulta ao seu veterinário, o sacrifício foi inevitável. Descanse em paz meu fiel amigo de quase 14 anos.
Armando Maynard
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