“Se você quer saber como foi seu passado, olhe para quem você é hoje. Se quer saber como vai ser seu futuro, olhe para o que está fazendo hoje” (Provérbio chinês).

domingo, 10 de maio de 2015

Sensações Maternas... neste Dia das Mães!!!

  

Sensações Maternas... neste Dia das Mães!!!
Por Lygia Prudente.

Com certeza o amadurecimento da mulher vem, inconscientemente, com a maternidade. Que sensação gostosa sente o coração ao acolher e trazer, por nove meses, uma nova vida. O primeiro pensamento, nada profundo e reflexivo, impõe uma alegria desmedida, natural, mas sem grandes preocupações. A notícia precisa ser dada e disseminada, efusivamente, como uma dádiva vinda com a semeadura, como uma promessa de perpetuação. A família comemora e as primeiras sensações matinais mostram que nem tudo será doce. A cintura já deixa de ter aquela medida cuidadosamente mantida, e a que preço. Há um clima de respeito e adoração pelo poder da gestação, inigualável, incontestável. Alguns meses depois, a apaziguada nos incômodos dá lugar ao prazer de manter a aparência intacta, trazendo de volta a preocupação com a vaidade, com o intuito de explorar a maternidade, uma vez que, fisicamente, há uma mudança radical. O rosto mais parece uma bola, os seios espalham-se com desenvoltura e disputam com a barriga, cada um na sua proporção, quem mais cresce a cada dia. Os preparativos começam para a tão esperada chegada. Hoje, com a antecedência na descoberta do sexo do bebê, já se sabe a cor para o enxoval, a decoração do ambiente.

Universalmente, períodos de gestação são similares. Quanto às minhas barrigas, as duas, ainda aconteceram no tempo da surpresa. Não dispúnhamos de ultrassom que anunciasse o fulano ou a fulana, rosa ou azul. Por isso mesmo, escolhi a cor laranja para o primeiro filho, e nas reuniões de família apostas eram feitas na tentativa de acertar o sexo de quem viria: “barriga redonda, homem; barriga pontuda, mulher”... e assim por diante. A torcida estava organizada. A tranquilidade e disposição caracterizaram os meus períodos de gestação, impressionando a todos. No nascimento do primogênito, eu estava concluindo o meu curso superior e a formatura estava marcada para 16 de julho, em 1976, e o parto, previsto para o dia 15. A beca só foi confeccionada na véspera porque eu não tinha mais vontades. O Guilherme aguentou firme e eu pude estar na festa de formatura, a primeira unificada da UFS, no Iate Clube de Aracaju. A faixa só se via quando eu virava as costas (exagero), porque na frente ela estava escondida entre a barriga e os seios. Claro que o sapato que eu planejei usar no evento não coube. Os pés estavam inchados e só se acomodaram em uma sandália branca que nada tinha a ver com a beca. Mas a felicidade, dupla, fazia com que os detalhes não importassem. Quatorze dias após a formatura, Guilherme Maynard, então veio ao mundo real, uma sexta-feira à noite, saudável, para a nossa alegria. A ansiedade passou a tomar conta dos nossos dias, pela expectativa em assegurar a sobrevivência de um novo ser, indefeso, e criar todas as condições de fazê-lo crescer e desenvolver-se. As noites mal dormidas (ou não dormidas) foram muitas, porque o bebê trocava o dia pela noite. Coisas do Guilherme. Na segunda gestação, quatro anos depois, as minhas sensações eram a mesma e só foi constatada aos três meses, porque a roupa, já apertada começou a provocar em mim dores abdominais, às quais o médico chamou de “barriga d’água”.

Nasceu Simone Maynard, desta feita com quinze dias antes do previsto, ao contrário do prazo estabelecido por Guilherme e sempre gostou de dormir. Também numa sexta-feira, início de fevereiro de 1980, à noite, muito esperada pelo irmão. A vibração foi total, porque na família, eu e Armando Maynard fomos os primeiros premiados com um casal. Sensação maravilhosa, poder vibrar pelo nascimento de filhos e saudáveis. E a premiação foi completa, porque são filhos de ouro que já nos presentearam com dois netos lindos e queridos, dando continuidade à perpetuação da família. E com a perpetuação, os netos nos envolvem de tal forma que nos vemos enveredando pelo mesmo caminho da preocupação e ansiedade, na expectativa de criar filhos, agora netos. Felizes somos nós, Mães!


Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Lygia Prudente.

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