“Se você quer saber como foi seu passado, olhe para quem você é hoje. Se quer saber como vai ser seu futuro, olhe para o que está fazendo hoje” (Provérbio chinês).

quarta-feira, 1 de julho de 2009

PT, o partido que ERA diferente...



PT, o partido que ERA diferente...
Por Armando Maynard.

Que qualidade a de nossos políticos, que péssimos exemplos para as novas gerações, quando muitos estão agora na idade de começarem a aprender como se faz política. Nunca fiz parte de partido algum e sempre me sentia culpado, quando das conversas com amigos, ao criticar governos e políticos, de nunca poder declarar ser partidário ou pertencer a alguma associação, nem que fosse de bairro, ou que pelo menos tivesse simpatia por algum partido, pois além de descrente, achava todos iguais. Criticava a mim mesmo por isso, pois sempre quis ter um partido, como tinha meus times de futebol. Aí surge um partido novo, aguerrido, às vezes radical, mas se olhássemos bem, radical mesmo era o partido da situação, com os absurdos que praticavam. Foi aí que comecei a prestar mais atenção ao “Partido dos Trabalhadores” e principalmente ao seu líder maior, o metalúrgico e presidente de sindicato, o Lula. Este sabia o que era ser pobre, sendo uma pessoa honesta e verdadeira, que mostrava firmeza nas atitudes e de muita coragem como ficou demonstrado no período da ditadura. Passado muito tempo, assumi publicamente que tinha simpatia por um partido político, colocando no meu saudoso fusquinha, uma estrelinha do PT no vidro traseiro e uma bandeirinha em cima de minha mesa no meu escritório, em minha casa. Parece bobagem, mas amigos e colegas comentavam, “Ih! ele agora é petista”, tamanho era o preconceito, que as pessoas tinham a um partido de esquerda naquela época, pois até para se conseguir um emprego, a pequena estrelinha no vidro do fusquinha poderia atrapalhar. Cidade pequena, democracia idem. O tempo passou e vieram às eleições do Lula para presidente. Toda eleição era aquela torcida e sofrimento, sendo a primeira disputada com o Collor, a de maior impacto. Tinha amigos que trabalhavam em empresas e contavam que o patrão chegava a intimidar seus empregados, com as mudanças que poderiam advir, se o lula fosse vitorioso. Depois vieram todas as outras tentativas do Lula, até que o mesmo foi eleito. Foi uma emoção muito grande e a posse mais ainda, gerando grandes expectativas e esperanças pelas mudanças que estavam por vir, mesmo sabendo das dificuldades que seriam enfrentadas, para serem feitas as reformas, pois governar o povo brasileiro seria fácil, difícil seria governar o Brasil, por tratar-se de um país de muitos donos, alguns empresários e muitos empresários políticos. Mas o PT era diferente, apesar dos compromissos em decorrência de alguns acordos espúrios e inimagináveis, feitos meses antes das eleições, iria conseguir. Até que algumas foram conseguidas e outras por não terem sido mexidas, como no caso da política econômica. Mas toda a promessa de um governo diferente dos demais caiu por terra, quando veio à tona o famigerado mensalão. Que decepção, que vergonha, que tristeza, o partido que se dizia o paladino da moral e da ética, acabava de se igualar a todos os outros e fazia até pior. Eu pensava comigo, mas isso foi coisa de alguns componentes do partido e o Lula dará um murro na mesa e logo colocará a casa em ordem. O Brasil viveu momentos de grande turbulência política e o Lula infelizmente, além de não dar o murro na mesa, falou bobagem, disse que a oposição não tinha autoridade moral de julgar o PT nem seu governo, pois tinham feito pior e que todos os partidos já fizeram e fazem a mesma coisa. SIM! MAS O PT NÃO ERA DIFERENTE? Foi uma grande decepção. Hoje minha bandeirinha do PT, em minha mesa, no meu escritório, tem uma tarja preta, que coloquei logo que soube do mensalão. Já a estrelinha do PT no fusca, não mais existe, pois vendi o mesmo. Agora estou a pensar que outro partido seja merecedor de minha simpatia, qual o outro líder que possa acreditar e que sirva de exemplo ao meu neto, para que o mesmo comece a conhecer como se faz política com “P” maiúsculo, mas está difícil. O Brasil, coitado, continua tendo políticos que no lugar de possuírem ideologias, possuem é castelos. E meu neto assistindo a tudo isso, terminará confundindo sua cabecinha, fazendo-o pensar que político e Sherek são a mesma coisa.

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