Foto: Acervo Junior Gomes/Facebook
Essa imagem me reporta aos
saudosos anos 60, época das férias escolares, tempo em que as famílias
veraneavam na Praia de Atalaia. Era no primeiro andar desse Posto Salva Vidas,
que minha turma se reunia. Aí ficávamos horas e horas conversando, fumando cigarro
Continental e mirando as meninas lá embaixo deitadas na areia, em intermináveis
flertes e paqueras. Um dia tivemos a ideia de fazer um imenso morro de areia,
bem embaixo do Posto Salva Vidas, para pularmos, no início do primeiro andar e
depois do terceiro andar. Foi quando um dos rapazes que trabalhava no Posto,
vendo o risco da brincadeira, mas não tendo coragem de proibir, até porque além
de ser amigo de toda a turma, filava nossos cigarros, mas preocupado e por
conhecer toda família, foi na casa de veraneio de meu Tio Aminthas, a qual
ficava bem próxima da praia, contando de nossos saltos. Meu tio muito
brincalhão, perguntou: “Mas você é ou não é um Salva Vidas?” e falou logo em
seguida: “Diga aos meninos se eles não pararem, eu vou lá...”. Bons tempos,
boas lembranças.
Essa foto é uma relíquia. Nessa época, por volta da década de 60, essa era a única edificação pública em toda extensão da areia da Praia de Atalaia. O Salva Vidas. juntamente com a grande palhoça da Pracinha da Atalaia Velha, jamais deveriam ter sido destruídas, pois eram construções emblemáticas, carregadas de histórias e memórias de uma geração. Uma pena que a falta de sensibilidade e a ânsia da modernidade destruidora, é implacável, fazendo com que símbolos de uma geração virem poeira, como o Cine Rio Branco, a casa de Doutor Augusto Leite, a casa dos Peixinhos, quem lembra, Rua Lagarto com Avenida Barão de Maruim...
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